As planárias
Medindo cerca de 1,5 cm de comprimento, esses platelmintos podem ser encontrados em córregos, lagos e lugares úmidos. Locomovem-se com ajuda de cílios e alimentam-se de moluscos, de outros vermes e de cadáveres de animais maiores, entre outros exemplos.
Na região onde há dois pontos pretos do corpo da planária localizam-se a cabeça e os órgãos dos sentidos: ocelos, estruturas capazes de detectar contrastes entre claro e escuro, mas que não formam imagens; órgãos auriculares, expansões laterais da cabeça capazes de perceber sensações gustatórias e olfatórias, auxiliando o animal na localização do alimento.
O corpo é achatado dorsiventralmente e possui a boca localizada na região ventral do corpo. O intestino da planária é bastante ramificado e atua digerindo os alimentos e distribuindo para as demais partes do corpo.
A planária adulta é hermafrodita, isto é, apresenta tanto o sistema genital feminino quanto masculino. Quando duas planárias estão sexualmente maduras e se encontram, elas podem copular.
Após a troca de espermatozoides através dos poros genitais, os animais se separam e os ovos são eliminados para o meio externo. No interior de cada ovo, encerrado em cápsulas, desenvolve-se um embrião, que se transforma em uma jovem planária.
As planárias tem grande poder de regeneração. Cortando-se o animal em alguns pedaços, cada um deles pode dar origem a uma planária inteira. Observe o esquema a baixo.
As Tenias e a Teníase
Denominadas também como solitárias, as tênias causam a doença denominada teníase. É um verme que tem geralmente de dois a quatro metros de comprimento e tem seu corpo dividido em três partes: cabeça (estrutura globosa dotada de quatro ventosas e um círcúlo de ganchos fixos no centro, que constitui o rosto, essas ventosas permitem que o parasita se prenda na parede intestinal do hospedeiro), pescoço (região fina que liga a cabeça ao corpo), e corpo (região segmentada portadora de anéis ou proglotes, que são gerados a partir do colo).
A Taenia saginata é geralmente maior do que a Taenia solium; é destituída de rosto e ganchos e apresenta cabeça quadrangular.
As tênias são hemafroditas e podem autofecundar-se, originando a formação de anéis ou proglotes grávidos, que contém os ovos fecundados, cada anél grávido chega a conter até 50 mil ovos fecundados. Esses anéis são eliminados junto as fezes do hospedeiro. Esses ovos contaminam água e verduras e podem ser ingeridos por suínos e bovinos, que se tornam hospedeiros intermediários.
Cada ovo contém um embrião, dotado de seis ganchos, denominados embrião hexacanto ou oncosfera. Os embriões perfuram o intestino e passa à circulação, alojando-se nos músculos do porco ou do boi e formam cápsulas onde se desenvolvem e se transformam em larvas.
Quando a pessoa se alimenta da carne contaminada adquire a larva que vai se desenvolver em seu intestino e originar a tênia adulta.
Ciclo
A tênia adulta aloja-se no intestino delgado do ser humano onde desnvolve uma ação espoliativa. O indivíduo parasitado pode apresentar alterações de apetite, náuseas, vômito, diarreia, fadiga, irritação e insônia.As tênias são hemafroditas e podem autofecundar-se, originando a formação de anéis ou proglotes grávidos, que contém os ovos fecundados, cada anél grávido chega a conter até 50 mil ovos fecundados. Esses anéis são eliminados junto as fezes do hospedeiro. Esses ovos contaminam água e verduras e podem ser ingeridos por suínos e bovinos, que se tornam hospedeiros intermediários.
Cada ovo contém um embrião, dotado de seis ganchos, denominados embrião hexacanto ou oncosfera. Os embriões perfuram o intestino e passa à circulação, alojando-se nos músculos do porco ou do boi e formam cápsulas onde se desenvolvem e se transformam em larvas.
Quando a pessoa se alimenta da carne contaminada adquire a larva que vai se desenvolver em seu intestino e originar a tênia adulta.
Profilaxia
Consiste em evitar a ingestão de carne malcozida de porco ou de vaca, evitar uso de instalações sanitárias não adequadas, impedindo, assim, que as fezes humanas entrem em contato com os animais hospedeiros.Esquistossomos e a Esquistossomose
Infecção causada por verme parasita da classe Trematoda. Ocorre em diversas partes do mundo de forma não controlada (endêmica). Nestes locais o número de pessoas com esta parasitose se mantém mais ou menos constante.Os parasitas desta classe são cinco, e variam como agente causador da infecção conforme a região do mundo. No nosso país a esquistossomose é causada peloSchistossoma mansoni. O principal hospedeiro e reservatório do parasita é o homem, sendo a partir de suas excretas (fezes e urina) que os ovos são disseminados na natureza.
Possui ainda um hospedeiro intermediário que são os caramujos, caracóis ou lesmas, onde os ovos passam a forma larvária (cercária). Esta última dispersa principalmente em águas não tratadas, como lagos, infecta o homem pela pele causando uma inflamação da mesma.
Já no homem o parasita se desenvolve e se aloja nas veias do intestino e fígado causando obstrução das mesmas, sendo esta a causa da maioria dos sintomas da doença que pode ser crônica e levar a morte.
Os sexos do Schistossoma mansoni são separados. O macho mede de 6 a 10 mm de comprimento. É robusto e possui um sulco ventral, o canal ginecóforo, que abriga a fêmea durante o acasalamento. A fêmea é mais comprida e delgada que o macho. Ambos possuem ventosas de fixação, localizadas na extremidade anterior do corpo e que facilitam a adesão dos vermes às paredes dos vasos sanguíneos.
Transmissão
Os ovos eliminados pela urina e fezes dos homens contaminados evoluem para larvas na água, estas se alojam e desenvolvem em caramujos. Estes últimos liberam a larva adulta, que ao permanecer na água contaminam o homem. No sistema venoso humano os parasitas se desenvolvem até atingir de 1 a 2 cm de comprimento, se reproduzem e eliminam ovos. O desenvolvimento do parasita no homem leva aproximadamente 6 semanas (período de incubação), quando atinge a forma adulta e reprodutora já no seu habitat final, o sistema venoso. A liberação de ovos pelo homem pode permanecer por muitos anos. Veja a baixo como é o ciclo do Schistossoma.Sintomas e tratamento
O médico ao examinar o portador da parasitose nesta fase pode encontrar o fígado e baço aumentados e ínguas pelo corpo (linfonodos aumentados ou linfo adenomegalias).
Estes sinais e sintomas normalmente desaparecerem em poucas semanas. Dependendo da quantidade de vermes a pessoa pode se tornar portadora do parasita sem nenhum sintoma, ou ao longo dos meses apresentar os sintomas da forma crônica da doença: fadiga, dor abdominal em cólica com diarreia intermitente ou disenteria.
Outros sintomas são decorrentes da obstrução das veias do baço e do fígado com consequente aumento destes órgãos e desvio do fluxo de sangue que podem causar desde desconforto ou dor no quadrante superior esquerdo do abdômen até vômitos com sangue por varizes que se formam no esôfago.
Atualmente existem três grupos de substâncias que eliminam o parasita, mas a medicação de escolha é o Oxaminiquina ou Praziquantel ou, que se toma sob a forma de comprimidos na maior parte das vezes durante um dia.
Isto é suficiente para eliminar o parasita, o que elimina também a disseminação dos ovos no meio ambiente. Naqueles casos de doença crônica as complicações requerem tratamento específico.
Profilaxia
A profilaxia consiste na: eliminação do caramujo. por meio de agentes químicos, ou biológicos, como a tilápia, um peixe predador do caramujo; ferver a água a ser ingerida, em caso de suspeita de água contaminada, uma vez que as cercárias podem penetrar na mucosa da boca; usar calçados; evitar contato com a água de lagos, de poça e de rios em que haja suspeita de contaminação por cercárias; adotar hábitos de higiene, usando instalações sanitárias adequadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário